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Kruger, o baile do Met e a beleza germânica

3 maio

Por Bruna Assolini

Tava dando uma olhadinha nas fotos do baile de gala do MET (The Metropolitan Museum of Art, de Nova York), que é um evento beneficente organizado anualmente pela Anna Wintour, a dama-de-ferro editora da Vogue America, e fiquei SIMPLESMENTE deslumbrada com essa da Diane Kruger! Eu sempre achei a atriz linda e com muito bom gosto, mas dessa vez ela ganhou de todas, até da celebridade hors concours Gisele Bündchen.

Kruger apareceu no baile vestindo Jason Wu (blusa nude bordada + saia preta de seda) e sapatos Manolo Blahnik. Achei que a maquiagem destacou os traços da atriz, dona de uma beleza tipicamente germânica e marcante. Aliás, esse padrão de beleza de rosto é o mesmo da Gisele, tava aqui pensando.

A triz usou joias Van Cleef & Arpels, marca que também é a criadora de uma fragrâncias mais deliciosas que já senti, o perfume Oriens. E o frasquinho dele pode ser considerado uma joia, não é mesmo?

Olha como ela esbanja elegância na pele de Bridget von Hammersmark, em Bastardos Inglórios, do Tarantino. Lembram?

Ps. Esqueci de falar! O baile aconteceu ontem à noite, 2 de maio. Lide #fail hahaaha subversão!

Um outro tipo de jornalismo

11 abr

Por Maria Confort

A gente liga a TV na globo num fim de domingo, e o fantástico nos recebe com um especial sobre a chacina em Realengo. A morte das 15 crianças pelas mãos de um ex aluno do colégio onde elas estudavam vira manchete de milhares de jornais, e pauta para a Ana Maria Braga no programa Mais você. Numa época em que o jornalismo de massa se tornou mesquinha e superficial, culpando o video-game e a religião ao analisar uma crise psicológica e um problema social muito mais profundo, é bom lembrar que já existiu gente fazendo jornalismo de um jeito bem diferente.

Hunter Thompson

 

Hunter Thompson. Não sei se vocês já ouviram esse nome, mas se não, é hora de procurar seus textos e conhecer melhor tudo o que ele já escreveu.

Brevemente, Thompson foi um jornalista norte americano dos anos 60/70, e assinava textos da recém-nascida rolling stone. Foi um escritor muito porra louca, um dos mais inteligentes da geração dele e, quiçá, dos últimos tempos. O cara era doido, mas era uma loucura controlada que fazia jus ao mundo no qual ele vivia.

Ele escreve bem do jeito que eu gosto, seus textos são, acima de tudo, reais e tocam na ferida (mesmo quando Thompson escrevia linhas e linhas da mais pura mentira, estilo que mais tarde se tornou uma das principais características do Jornalismo Gonzo). Na época que os norte americanos estavam desiludidos com o sonho americano, quando a política era uma vergonha (era?!) e a contra cultura dava seus primeiros passos, Thompson resolveu fazer uma viagem-reportagem pelo deserto à caminho de Las Vegas, em busca desse “american dream” pedido ha tempos.

A maioria das pessoas que conhecem o escritor (tipo eu) o conhecem graças ao filme “Medo e Delírio em Las Vegas”, com Johnny Depp no papel de Thompson e Benicio Del Toro como um advogado também porra louca, amigo e companheiro de Hunter Thompson na sua viagem pelo interior dos EUA. O filme foi baseado no livro-reportagem homônimo, escrito por Thompson.

Além de “medo em delírio em las vegas”, um livro recheado de drogas e metáforas para representar a situação dos Estados Unidos na época, Thompson escreveu outros livos, o de maior repercussão foi “Hell´s Angels – Medo e Delírio Sobre Duas Rodas”, no livro ele seguia a vida de uma gangue de motoqueiros bem conhecida na época. Ela apavorava todo o País, mas Thompson admirava todo movimento contrário ao ideal norte americano e, claro, resolveu decifrar o que vivia por baixo daquelas rodas.
Em resumo, sua surpresa não foi boa. Thompson presenciou festas onde os membros da gangue estupravam jovens e viajavam por longas horas sobre o efeito de drogas ainda pouco conhecidas.

Através de suas matérias loucas para a rolling stone, Hunter Thompson criou uma nova forma de fazer jornalismo, o “jornalismo gonzo”, fingindo ser desprentencioso, mas sempre abordando temas importantes para a sociedade de uma forma debochada e, como eu já disse, preocupada em pisar no calo e meter o dedo na ferida. Thompson chegou a espalhar um boato através de seus textos na Rolling Stone, dizendo que um cantidado a presidência dos Estados Unidos era viciado em uma droga brasileira chama Ibogaína. Depois, ele se defendeu dizendo que só brincou com a história, e a própria população foi a responsável por estimular os rumores (Haha, you joker).

Thompson chegou a se candidatar como xerife de uma pequena cidade chamada Aspen, mas perdeu as eleições por pouco. Ele pretendia legalizar a maconha, alegando que existem problemas maiores no mundo para o governo se preocupar.

Trailer do filme Medo e Delírio.

Além das viagens alucinogénas, ele foi um exemplo de determinação e coragem. Viajar sobre LSD não era uma forma de escapar da vida, e sim uma maneira de protestar. Talvez na nossa época, agora, em 2011, ele fosse careta demais. Nada o impedia, ultrapassar o limite era sua meta de vida, e ele sabia que ia morrer jovem. Talvez por saber disso ele tenha pressionado uma arma contra sua cabeça e tirado sua vida em fevereiro de 2005. Infelizmente, para ele, não tão jovem quando desejava.

Benício Del Toro, Hunter S. Thompson e Johnny depp na premiere de Medo e Delírio

Hunter Thompsou sempre foi apaixonado por armas, mas era um pacifista. Só tinha coragem de fazer mal contra si mesmo, para o resto do mundo ele transmitia apenas a realidade, com uma dose de delírio. Outro dia eu estava assistindo um documentário sobre ele no cinemax, chamado Gonzo: The Life And Work Of Dr. Hunter S. Thompson. O texto de abertura foi extraído do livro “Hell´s Angels – Medo e Delírio Sobre Duas Rodas” e foi narrado pelo Johnny Depp:

The Edge… There is no honest way to explain it because the only people who really know where it is are the ones who have gone over. The others- the living- are those who pushed their luck as far as they felt they could handle it, and then pulled back, or slowed down, or did whatever they had to when it came time to choose between Now and Later. But the edge is still Out there. Or maybe it’s In.

O limite…Não há maneira honesta para explica-lo por que as únicas pessoas que realmente sabem onde ele está são aquelas que o ultrapassam. Os ouros – os vivos – são aqueles que pressionaram tanto sua sorte, que pensaram que poderiam deter-la e puxa-la de volta, fazer com que ela diminuísse a velocidade. Fizeram de tudo para que chegasse a hora de escolher entre Agora ou Depois. Mas o limite continua lá. Ou talvez não.

Trailer do documentário Gonzo: The Life And Work Of Dr. Hunter S. Thompson

Quando o documentário terminou eu fiquei pensando, precisamos pressionar nossos limites até que ponto para nos sentirmos vivos? Na real, é assim que nós sentimos que respiramos? É isso que temos que fazer? Eu fiquei me perguntando, o limite é singular para cada um? Eu sei até que ponto eu posso chegar, e se eu quiser ficar brincando na beirada? Caminhando na beira penhasco, mesmo que a definição de penhasco para mim seja diferente da definição de penhasco para as outras pessoas?

Alguns não precisam disso para se sentirem vivos, para terem certeza que estão vivendo e não apenas passando por aqui para tirar fotos, tomar um banho de sol e ir embora. Outros tem a mesma opinião de Thompson, outros sabem que é o delírio que nos faz sentir lúcidos, ainda mais quando o mundo pensa o contrário.

Sem limites no enredo

4 abr

Por Maria Confort

Imagine que você é um gênio enrustido. Nem você mesmo tem noção do seu potencial, já que você sempre foi aquele tipo de pessoa quase alguma coisa. Lembra na escola? Quando você fazia um desenho quase bom, escrevia uma redação e ela quase ia parar no mural da sua turma, e você quase conseguia namorar as garotas mais bonitas da faculdade.

Sempre te falaram que faltava alguma coisinha em você, algum impulso, algum estímulo, qualquer coisa pra fazer você desempacar e conseguir fazer algo útil da sua vida. Pois bem, agora imagine uma droga capaz de dar esse empurro que você precisa: um comprimido é como um tapa no seu cérebro, já que, segundo alguns estudos – não comprovados – conseguimos usar com totalidade apenas 10% da nossa enorme massa cefálica, e esse comprimidinho transparente estimula todo o resto! Todo o lado criativo, todas as idéias geniais, separa todas as memórias em gavetas de pensamento e organiza tudo pra você pesquisar o que quiser, instantaneamente. O único problema é que o comprimido dura apenas o tempo que você está acordado.

É sobre isso que se trata “Sem limites”, um ótimo filme em cartaz no Brasil desde a semana passada. Bradley Cooper constrói perfeitamente o personagem Eddie Morra, um escritor com bloqueio criativo – o que já implica, automaticamente, em bilhões de problemas psicológicos – que descobre a droga NTZ através de seu ex-cunhado. Ele termina seu livro em 4 dias, recupera a (outra) ex namorada, e, como não é burro (Dur), depois do sucesso espontâneo resolve sonhar mais alto. Deixa de ser escritor, começa a fazer previsões para venda de ações e conhece gente importante da economia e da política, gente importante que também é viciada em NTZ.

Robert De Niro e Bradley cooper

O que eu achei mais interessante no filme (entre uns lapsos de A origem, Medo e delírio em las vegas, e wall street), é que não basta você tomar o comprimido e pronto, nasce um gênio! Não nasce gênio nenhum, se você não tem ele adormecido em algum lugar da sua mente, ele não vai aparecer, você vai se perder num vício infeliz e não vai conseguir tirar proveito dos benefícios que o resto do seu cérebro tem pra te oferecer. Achei bem interessante como crítica, basta reparar nas referências e nas indiretas sobre as pessoas que estão no poder nos Estados Unidos, apesar de algumas falhas no roteiro, algumas brechas e passagens sem explicação, tudo foi bem desenvolvido, e o final nos deixa com um sorriso no rosto, um pensamento na cabeça que só da pra ser explicado através de um palavrão, inapropriado (?) para o post, mas possivelmente reduzido em: CARAMBA.

Ah, cinéfilos me matarão, mas eu não comentei sobre o personagem de Robert de Niro (sim, ele também tá nessa) porque quis deixar todo o destaque para Bradley Cooper. Não que ele esteja digno de premiações mil nesse filme, mas eu realmente fiquei surpresa! Ele desenvolveu características únicas para o personagem, não acredito que um diretor seria capaz de fazer isso sozinho. You go, Cooper!

A edição do poder

25 fev

Por Bruna Assolini

Lady Gaga nasceu e apareceu desse jeitinho na capa da edição de março da Vogue América (leia a matéria aqui). Particularmente, amei as escolhas gráficas. Achei que combinaram direitinho com o styling  e com a beleza da cantora – a peruca rosa, pele e sobrancelhas apagadas. A boca marcada merece comentário especial: o batom vinho escurão da MAC na cor Media (nome sugestivo, hãn) é tendência forte do próximo inverno.

O macacão que ela  usou na capa é  do estilista alemão Haider Ackermann, o novo queridinho do kaiser da moda, Karl Lagerfeld, e as fotos da matéria foram clicadas por Mario Testino. A edição deve estar realmente poderosa, não duvido (cocerinha pra ir correndo na Livraria Cultura aqui do lado comprar…).

Seu Chico toca Chico!

29 out
Hei! Vamos falar de MPB! Quem curte? Não? Então não vamos rotular, vamos falar de música boa!
É, tá meio confuso mas eu vou desenvolver a idéia.

Existe um cara muito conhecido na música brasileira, admiradíssimo por críticos, músicos e intelectuais (professores de cursinho adoram!). A sua carreira tem pra mais de 30 anos, viveu intensamente o combate à ditadura, dirigiu e escreveu ínumeras peças de teatro (Como A ópera do malandro, Calabar,  Os saltimbancos e O grande circo místico), criou trilhas sonoras de filmes, escreveu livros, atuou (pois é)…Ufa! Já adivinhou de quem eu tô falando? Meu caro amigo (piadinha intertextual fail), Chico Buarque de Hollanda.

Eu amo, amo amo amo amo Chico e a maneira como ele consegue descrever a mente femenina nas suas músicas. Ele lê meus pensamentos e traduz todos em música, juro!

Enfim, um dia desses tava lá na cozinha preparando meu lanchinho quando eu ouvi João e Maria, uma das minhas músicas preferidas do chico, tocada numa batida diferente. Era Seu Chico (@seuchicooficial) num show transmitido pelo Canal brasil. Quem tá pensando que é mais uma daquelas bandas meio chatinhas, paradonas, que simplesmente repetem as músicas do Chico Buarque sem acrescentar nada à elas, pode se preparar pra uma surpresa.

banda seu chico

A Banda Seu Chico faz seu próprio arranjo para as canções, e até uma espécie de mash-up entre duas músicas. E, como se já não tivesse personalidade suficiente, nessa música João e Maria, a banda muda a introdução e mistura a trilha sonora do filme O fabuloso destino de Amelie Poulain. Demais, não? Destaque pro tecladista, Vítor, que interpreta cada nota que toca no piano de um jeito lindo. Eles são lá de pernambuco e já espalham sua música por várias capitais brasileiras.

Super aconselho vocês à conferir o som dos caras! No último domingo eles estiveram no Studio SP (A gente aqui do garotasdiamante foi e AMAMOS) na rua augusta, aqui em São Paulo, e encheram a casa.

 

Seu Chico – Jorge Maravilha

New Seasons, Fall Season

26 set

Por Maria Confort

FINALMENTE! Adoro setembro!! Mesmo com as chuvas, o tempo doido, e os zigbilhões de trabalhos na faculdade (e o fato do mês só ter UM feriado), setembro é quando voltam as séries fall season! Tô imensamente feliz hoje, por que ontem voltou a minha preferida de TODAS elas, supernatural, que eu ainda não tive tempo de assistir (chora, vida capitalista).

Enquanto eu fico aqui, chorando o luto temporário de Pretty little liarsTrue Blood, Misfits e Skins vou me divertindo com a listinha de seriados maravilhosos que voltam em nova temporada esse mês, e nos deliciam até o verão do ano que vem!

E triste, por que Supernatural, a minha preferida de todas EVER, voltou essa sexta (24) com a sua sexta temporada. E EU AINDA NÃO ASSISTI! Preciso saber o que vai acontecer com o Dean vivendo sua vidinha, e o Sam na sua pós-morte-voltei. Alguém mais chorou com o último episódio da temporada passada? Por que eu me acabei em lágrimas do começo ao fim. Principalmente nas cenas que mostrava o Impala!

A segunda temporada de Vampire Diaries já começou, você que ama um drama vampiresco de verdade (não tão realista quanto a minha amada True Blood, mais…) com protagonistas lindos (e sem cara de bobo de Edward) muito sangue, personagens nem um pouco planos, clima sombrio, lobisomens (Por que se tem vampiro, tem que ter lobisomem), e um bom triângulo amoroso (nem ouse comparar com aquele mal gosto do mundo da fantasia que é Edward-Jacob-Bella) CORRA pra assistir, ainda tá no terceiro episódio, vai!

A série musical Glee, que já interpretou lady gaga, madonna, the police e até os miseráveis voltou terça feira com a sua segunda temporada, que tá INCRÍVEL, pra variar. E o próximo episódio promete com músicas da minha rainha britney spears. A nossa queridinha, que nós amamos odiar Gossip Girl já voltou e tá no terceiro episódio, então corre e se atualiza! Por que já estão quase acabando os bafons em Paris, a trilha sonora francesa incrível, os passeios turísticos e as referências artísticas do comecinho da quarta temporada! 90210 voltou ao mesmo tempo que Gossip Girl. Eu não assisto. De nada sei.

Na mesma semana que Glee voltou a nos encantar com a performance de te-te-te-telephone, Two and a half men e House também deram o ar da sua graça. Mesmo com Charlie Sheen envolvido em bilhões de escândalos com a sua ex mulher, ele tá ganhando bilhões por episódio de Two and a half men e fazendo seu trabalho direitinho! A temporada não poderia estar melhor e mais engraçada. House, não preciso nem falar! A sétima temporada tá envolvida nas mais diferentes críticas…Uns acham que já deu do scherlock holmes deprimido e perneta, outros acham que a série tá caminhando cada vez mais rápido para se tornar um clássico (eu tô nessas!). Dr. House apaixonado lembra muito minha vida pessoal (desabafo feelings).

dean venimim

Dia 22 desse mês teve Law&Order SVU, Cougar Town, Private Practice (não assisto, sorry) e Modern Family (série campeã do emmy, e eu não posso dar a minha opinião por que não tive tempo de acompanhar os episódios ainda hehe), e logo no dia seguinte (23) voltou o drama hospitalar muuuito bem sucedido Grey`s Anatomy, que deixou todo mundo surtado no final da última temporada depois da quantidade de tiros disparados no último episódio. The big Bang Theory (AMO!!!) voltou com a quarta temporada no mesmo dia de CSI e 30 rock.

Smalville seria melhor se não tivesse voltado voltou dia 24 e Brothers and Sisters dia 26 de setembro.

E esse foi meu resuminho de informações semanais, vou correr pra assistir Supernatural agora, não tô aguentando mais de ansiedade!! Só tô esperando a companhia pra ver comigo, se eu assistir sozinha rola uma carnificina da minha pessoa logo em seguida.

Meu garoto rockabilly

19 set

Por Bruna Assolini

Cry baby (Waters)
Eu sou viciada na newsletter do site Who What Wear. Todo santo dia eu fico ansiosa  pra abrir meu email e ver qual a inspiração do dia ou o que as celebs/it-girls estão usando. Eis que, semana passada, eu quase caí da cadeira quando vi o post inspirado no filme Cry-Baby!

Olha, faz muuuuito tempo que assisti esse filme e pra falar bem a verdade foi numa época em que o único filme do Johnny Depp que eu tinha assistido – e gostado, apesar do medinho – era o creepy Edward Mãos de Tesoura. Mas, depois desse refresh bem fashion do WhoWhatWear, lembrei de vários detalhes interessantes do filme. Cry-Baby é de 1990 (ano em que nasci) e dirigido por John Waters, que também é jornalista, além de ter sido diretor de vários filmes bacanas, entre eles o clássico Hairspray (1988).

No filme, Johnny Depp é um bad boy da década de 1950 e se veste como tal. Um verdadeiro rockabilly boy, que canta, dança e arrasa corações. Além das músicas e do charme, pompa e circunstância de Depp, o que mais me chama atenção nesse filme é o visual. Jaquetas de couro, camisetas de algodão, MUITO jeans e saias justas ou rodadas, topetes, delineador, batom vermelho…Oh, I ♥ the 50’s! Rockabilly boys and girls!

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Imagem do site whowhatwear.com

Mamãe, eu quero o meu garoto rockabilly moderno:
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Mas se você não está nem aí pro seu garoto rockabilly e quer ser uma fierce girl (grrr!) como Gaga, inspire-se em um dos clipes dela, Te-telephone, gata.

e99bde2c-54e2-48c6-b34c-2e8c17a3d17dImagem site oficial da Gaga (ladygaga.com)

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E pra quem não sabe, essa aí de cima é a irmã da Lady Gaga, Natalie Germanotta. Igualzinha, não é mesmo?

Ah, e lembrei de um editorial da Vogue francesa de Agosto de 2009 que tem a Isabeli Fontana todinha de Dsquared²
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Sentiu uma vibe Cry-Baby? Eu senti…Rock’n’kisses, you all!

Anos 90

18 set

Por Maria Confort

Minha vida tá uma zona, um samba do crioulo doido, e eu tô enlouquecendo já, total crazy on the chips. Comecei um outro estágio, e esse não é moleza que nem era o anterior, twittar? tumblear (criei um novo verbo, beijos)? Em horário de trabalho nevermore! Não tá rolando nem tempo pra fazer um xixi direito, quanto mais perder a vida nas redes sociais…É, como já dizia a querida vovó, rapadura é doce mas não mole não (alias, se alguém entender qual a finalidade e a moral dessa frase, por favor, misplica) mas vamo que vamo que dinheiro é bom e nós (EU) precisamos de muito dele pra viver em paz feliz.

Num tempinho de folga entre os trabalhos (que sempre aparecem em momentos super convenientes) da faculdade e os lances governamentais do meu estágio, eu resolvi postar sobre uma época linda, tranquila, regada a spice girls e sessão da tarde…Época em que eu era feliz comendo bolinho de chuva da vovó assistindo programa livre ou vendo fantasia.

Ai! Os anos noventa!

Desculpa se eu nasci depois de vocês, seus nostálgicos dos anos 80. Sim, tem muitos resquicios em mim da década oitencentista (neologismo?), que eu não vivi, na minha infância e na minha atual adolescência (cof cof)…Mas como eu nasci em 1991 (viram? Adolescente!) a minha vibe mesmo foi os anos noventa…A primeira vez que eu vi o johnny depp cortando cabelos e furando camas em edward mãos de tesoura, a primeira vez que eu vi sangue jorrar em Pulp Fiction, a primeira coreografia que eu aprendi com backstreetboys, os push pops de morango na hora do intervalo, o bambolê, o radinho vermelho da gradiente..Meu urso enorme da pricila da Tv coloço…ENFIM! Vou roubar o espaço da Bubs e da Babi pra lembrar um pouquinho da moda, da música e..claro, do cinema do comecinho dos anos noventa.

Mas relaxem, datalhes eu deixo com quem entende, e cada uma posta melhor e mais bonitinho depois. Além do mais, eu vou citar as minhas adoráveis preferências, vou passar longe de falar todos os filmes e tudo que aconteceu na música e mimimi…Sintam a vibe de garagem das linhas seguintes.

Nirvana, about a girl; MTV Unplugged. Tão sentindo??? Eu tô sentindo bem alto!

Silverchair, miss you love. Chora, chora, chora no cinema.

É impossível lembrar de uma década de filmes sem citar a moda e a música. Envolvidos em um som melancólico, expressivo e rouco do rock grunge, tudo meio sem esperança. Os filmes carregam a trilha sonora de bandas como Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains ou silverchair, e alguns dos meus preferidos vão na mesma temática da música e ainda mostram a moda da época de um jeito tentador (quero tudo, quero sair na rua já assim!)


the craft fashion

The craft (jovens bruxas)

Katie holmes

Disturbing Behavior (comportamento suspeito)

romeo e a gangue montéquio total new wave

romeo + juliet

Sem contar TODOS os outros filmes que marcaram minha infância noventista (oi, neologismo number 2 e a preguiça de jogar algo no google), como segundas intenções e cia.

Tudo ainda meio punk, tudo meio heavy, tudo meio rock! Não manjo nada de história da música mas eu sei bem reconhecer um som que me agrada e marca uma geração.

jovens bruxas

Colares compridos, correntes, bermudas e saias xadrez completando pingentes de cruz, coturnos, camisetas new wave misturadas com jaquetas pesadas e molentons foram a marca registrada do começo dos anos 90. E no meu coração eu só consigo pensar: ai, Deus…Por que eu tinha que ser uma criança nessa época? BRING ME BACK TO THE NINETIES.

Pearl Jam, Black; MTV unplugged (pq isso era a boa MTV). MINHA PREFERIDA.

Obs. Post ralinho, sorry mas eu quis falar pouco e falar BEM das minhas paixões.

Misfits is Heaven

11 set

Curtis, Alisha, Nathan, Kelly e Simon

Eu sou doida por seriados. Se eu fosse me inscrever em algum clube de auto ajuda, certamente me apresentaria mais ou menos assim “Oi, eu sou a maria, tenho 19 anos e sou viciada em seriados”. Meu novo vício se chama Misfits, uma série britânica do canal E4 (o mesmo responsável por skins, outra série polêmica e muito boa). Foi uma surpresa quando eu baixei o primeiro episódio, eu já imaginava que seria algo legal justamente por ser uma série britânica, mas eu não esperava que fosse ser tão algo diferente.

A história se passa numa cidadezinha da Inglaterra, e é protagonizada por cinco jovens delinquentes (sim, delinquentes vestindo macacões laranjas!) que estão no seu primeiro dia de serviço comunitário. Uma tempestade cai sobre a cidade e um raio atinge os cinco garotos e seu supervisor. E é ai que, em uma sátira cómica, ácida e totalmente despudorada do seriado Heroes, Misfits inicia seus seis episódios da primeira temporada.

Repleto de humor negro, críticas à sociedade, sexo, álcool, assassinatos e viagens ao tempo, é impossível desprender a atenção, e a vontade de assistir os seis episódios logo de uma vez vai se tornando cada vez maior. Logo depois de ser atingido pelo raio, o supervisor do serviço comunitário enlouquece e entra em um surto de bipolaridade, mata um sexto jovem que não foi atingido pela tempestade (por que estava no banheiro fumando maconha) e sai correndo atrás dos outros com um pedaço de ferro na mão, how cool is that?

Se Alisha for tocada por Curtis, ele perde o controle sobre suas ações

Ao final desse primeiro episódio já imaginamos o que nos espera na série, mas não podemos nem ter noção da magnitude dos próximos episódios. Um garoto inseguro e meio esquizofrênico ganha o poder de ficar invisível – Simon; uma adolescente ligeiramente pirigueti oferecida devassa vira um tipo de ímã sexual, e todos aqueles que encostam nela sentem um desejo incontrolável de fazer coisas proibidas por lei com ela na cama – Alisha; Uma doida com um sotaque engraçado (que aqui no Brasil nos lembraria aquelas meninas de calça caindo, sutiã aparecendo e boné aba reta) consegue ler mentes, inclusive a do seu cachorro a chamando de vadia – Kelly; Um ex corredor, preso por porte e cocaína, recebe o dom de voltar ao tempo – Curtis; E Nathan, um inconsequente, carente, pervertido e marginal passa toda a temporada tentando descobrir o seu poder, mas a surpresa só aparece no final do último episódio, e eu digo que valeu a pena esperar. Nenhum dos cinco sabe como usar os seus poderes, eles não tem controle nenhum e aos poucos vão descobrindo como lidar com isso.

Os episódios seguem em um ritmo intenso, inicialmente os personagens são apresentados de forma estereotipada e demoramos a nos envolver com cada um, mas a partir do terceiro episódio já entendemos a maioria deles. A construção da narrativa é envolvente e, apesar dos acontecimentos nos parecerem meio surreais (afinal, nós moramos no Brasil e não temos ideia de como é a vida de um adolescente inglês) somos convencidos de que toda a loucura é realmente possível e mergulhamos no universo dos persongens.

A trilha sonora é algo a parte, eu acho que os produtores britânicos escondem os melhores profissionais responsáveis por soundtracks lá na ilha deles, e não compartilham com o resto dos seriados ao redor do mundo. Diferente e chocante como o seriado, as músicas realmente fazem parte do contexto da história, a minha preferida foi Kleerup ft. Lykke Li – Until We Bleed, mas a trilha vai de Joy Division à Damien Rice, The Rapture à Adele, LCD Soundsystem à Lady Gaga, e todas tem o seu objetivo alcançado, conseguem fazer com que a gente se envolva ainda mais na trama.

Eu fui conquistada pela atuação do elenco, pelas cenas cômicas e pelo humor dramático britânico que sempre me convence. Os cinco heróis delinquentes lutam contra um exército de zombies que pregam o bem e o extremismo, lutam contra problemas pessoais e dramas internos, conhecem outros personagens interessantíssimos na cidade que também mudaram depois da tempestade, inclusive uma menina que tem o poder de deixar ex namorados carecas, e uma jovem que na verdade não é tão jovem assim…

Nathan fantasiado de “bom samaritano” para lutar contra o exército de zombies

Cada acontecimento, seja ele engraçado ou triste, serve para construir a personalidade de cada um dos protagonistas, e quando chegamos ao clímax do sexto episódio, já estamos totalmente entregues a essa história e morrendo de vontade de enlouquecer mais um pouco com a próxima temporada. Lembrando que, na minha concepção, Misfits é uma crítica à sociedade do começo ao fim, claro que em vários momentos é despretensiosa, mas é essa mistura que torna Misfits um seriado tão bom. Pena que, como tudo o que é bom, Misfits é uma daquelas séries com poucos episódios e com uma longa espera entre uma temporada e outra.

Ninguém sabe ao certo quando começa a segunda, mas há rumores que vai ser em meados do dia 12 de novembro, na mesma época da sua estreia em 2009. A série foi eleita a melhor série dramática de 2009/2010 pela British Academy of Film and Television Arts (Bafta), premiação considerada o “Emmy” dos Ingleses.

Para baixar os episódios da primeira temporada basta participar da comunidade oficial da série, ou entrar nesse site aqui.

Promo maravilhosa do seriado

Abertura ao som de The Rapture – Echoes